Hoy, :)
[quote=smascrns](Não sei se já reparaste mas praticamente só eu é que te dou troco...)[/quote]
That's fair. Parto do princípio que o resto do (pouco) pessoal que porventura esteja a ler ou já abarcou o que eu queria dizer ou aceita o teu troco como sendo representativo do deles. :) Ou então já se fartaram e estão à espera do que quer que venha a seguir.
[quote=smascrns]os teus conceitos aplicam-se todos a estas situações. Eles são demasiado amplos para definires rpgs. Ou então, tu formulas aqueles conceitos em termos mais restritos do que habitualmente, quer dizer, introduzes restrições implícitas e subjectivas. Isso é legítimo, o que não é legítimo é queres que a gente te leia a mente e fique a saber o que se passa nela; ou que aceitemos acriticamente as tuas definições implícitas como se elas fossem óbvias para todo o mundo, não são.[/quote]
Yes! Thank you! O propósito deste thread é precisamente trazer a lume e tornar explícito e objectivo tudo aquilo que está implícito e subjectivo. É precisamente encontrar a priori os buracos e imprecisões que existem na terminologia usada por mim (que os há) e por outros (que também os há, com a agravante que a maioria nem sequer os reconhece, quanto mais tentar remendá-los). Como eu disse na minha resposta à Ana, prefiro fazer isto à cabeça que durante o desenvolver do trabalho.
[quote=smascrns][quote]quando digo presença, quero dizer presença activa e propositada.[/quote]
Ou seja, estás a reformular o conceito. Tudo bem, não me venhas é dizer que isto já estava expresso no conceito inicial porque não estava.[/quote]
Fair enough. Falha minha. Espero, no entanto, que o conceito esteja mais cristalizado e faça mais sentido.
[quote=smascrns]premissas que, por uma razão que não percebo, não queres introduzir no teu «postulado»: a de que os rpgs dizem respeito à criação de um mundo imaginário e vivência das personagens que o habitam. Tudo o resto que está na tua definição é instrumental ou derivado destes pontos.[/quote]
Meh. So what? Como eu já disse várias vezes, um dado framework axiomático não é melhor nem pior que o outro. Eu (penso que) consigo deduzir essas premissas a partir das minhas, e (penso que) consigo deduzir as minhas a partir dessas. Talvez esteja enganado, mas não estou preocupado. Não estou a tentar convencer-te que tenho razão. Estou, sim, a tentar convencer-me que tu e todos percebem o que eu estou a dizer.
Side note: com não mais distorção, os reis e VIPs do tal jantar, os Ronaldsons e Liedcoisos no recreio, os cidadãos de um mundo futuro que usam as descobertas dos cientistas, tudo isso, à primeira vista, também se encaixa na "criação de um mundo imaginário e vivência das personagens que o habitam", pelo que não vejo vantagem computacional em partir dessa premissa em vez de da minha. No entanto, se te aprouver ser da opinião que a minha base de trabalho é de alguma maneira "pior", estás no teu direito. Tanto se me dá. Desde que a compreendas, claro. :)
Quanto aos específicos:
[quote=smascrns]O sinónimo «norma» é menos usado pelos roleplayers aqui do burgo mas pode redundar nas mesas ambiguidades. Porque não algo como «convenção»?[/quote]
Negociar é um verbo activo. Normatizar e convencionar também, mas a semântica é a de algo que é feito à partida, ao passo que a semântica de negociar é a de algo que é feito no momento. Já agora, o termo "negociar" não é meu. Eu próprio, a primeira vez que o vi, também estranhei. No entanto, este tempo todo, ainda não encontrei melhor. Claro, se quiseres continuar a tentar, eu continuo interessado em alternativas. :) Mas até aparecer uma melhor, "imaginação negociada" tem esse significado concreto.
[quote=smascrns]Jogo da bola por putos de 8 anos.
negociada e frequentemente mal negociada. Não há jogo de putos que não pare para uma discussão sobre as regras do mesmo, ou sobre a interpretação destas. Uma falta que devia ter sido marcada, um golo que não é golo, etc.[/quote]
Não. O que é negociado aqui são os factos reais, e não as contribuições imaginárias. Se quiseres, é meta-game. O paralelo é o de uma discussão a uma mesa de role-play sobre se um determinado dado está ou não quinado.
No entanto, aceito perfeitamente que haja, de facto, role-play entre crianças, principalmente se apontarmos para as idades superiores do intervalo que apontaste. As discussões nas brincadeiras de índios e cowboys ("eu dei-te um tiro", "não, não, eu é que dei") estão perfeitamente dentro do meu conceito de negociar uma contribuição imaginária.
Ok, so, as crianças jogam role-play. E então, what's new? :)
[quote=smascrns]Grupo de investigação.
imaginação pois investigar é criar. Criar exige imaginação. Não apenas para descobrir algo de novo, nota. O investigador também sonha com os resultados que vai retirar das suas descobertas. Digas o que disseres, isto cabe na tua conceptualização de imaginação, gostes ou não.[/quote]
Again, no. Isto é uma distorção completa do que eu tenho estado a dizer. À primeira vista, os "sonhos com os resultados das descobertas" até podiam estar dentro, mas especulação sobre o futuro não é a mesma coisa. De qualquer modo, esses sonhos não são partilhados nem negociados. O processo de investigação em si é, mas esse não obedece à componente de imaginação tal como eu a defini.
Dude, a linguagem natural é informal e ambígua por natureza. Eu estou a tentar postular usos não ambíguos para termos que são pelo menos aproximadamente aplicáveis. Podes tentar dar a volta como quiseres, como exercício intelectual, e eu prometo acompanhar-te nesse exercício durante tanto tempo quanto tu o queiras, mas até agora, estás a acertar ao lado. :)
[quote=smascrns]Jantar num hotel de 5 estrelas do Guia Michelin[/quote]
"Sentires-te" um rei ou um VIP não é a mesma coisa que me dizeres para eu imaginar um rei ou um VIP. E mais uma vez, o que é partilhado e negociado são os factos reais.
[quote=smascrns]Collaborative writing.[/quote]
Como eu disse, este é o que está mais próximo. No entanto, mesmo assim, ao lado. Falar sobre as regras e convenções não é a mesma coisa que usá-las activamente para aceitar ou não uma dada contribuição imaginária. É meta-game outra vez.