Eu acho que é possível criar mulheres neste estilo de aventuras coloniais. Os autores não sempre eram "realistas" e introduziam personagens femininas lado a lado com os protagonistas e, mesmo na vida real, houve uma série de mulheres que ousaram quebrar as limitações da época e tornaram-se piratas, aventureiras, soldados e outras que tais. Claro que estou a pensar em épocas mais remotas. Já no séc. XX é mais fácil fazer personagens femininas mais aceites pelos seus companheiros masculinos.
[quote=Rick Danger]Assumes então que queres fazer um RPG em que uma jogadora tem de jogar de homem?[/quote]
Seguramente que não. Há imensas personagens femininas na ficção colonial - ainda ontem apontei a Mrs. Branican ao Steve Darlington num thread da RPGnet. Sucede que então, como hoje, é tremendamente estreita a oportunidade para personagens femininas no sentido tradicional do termo. O que há é personagens maria-rapaz, o que é uma coisa diferente. As mulheres estão a evoluir para serem todas maria-rapaz, ou ao menos um pouco maria-rapaz? Seja. Força. Perde-se algo, ganha-se algo.
Sérgio Mascarenhas
Todo o esforço que gastámos a escrever sobre o que vamos criar já dava para ir começando um projecto qualquer. ![]()
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www.paragons.com.br
Já tens um voluntário para o projecto que partilha as tuas ideias e referências portanto não é uma ideia pródiga. Toca a recrutar e a trabalhar nisso. ![]()
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Óptimo! Quanto à viabilidade do projecto, penso que é maior do que pode parecer à primeira vista. A verdade é que continuam a aparecer periodicamente filmes de aventura colonial (só que agora em cenário pós-colonial): Piratas das Caraíbas, A Esmeralda Qualquer Coisa, o Indiana Jones, etc. Mesmo o Tarzan nunca desapareceu do radar.
O Salgari é óptimo porque pode ser usado à vontade, sem problemas de direitos de autor. E estão a ser reeditados os seus livros, inclusivamente pela Círculo de Leitores. Suspeito que parte das compras são por «velhotes» como nós que já não conseguem pegar na edição Romano Torres mas eu tenho encontrado os livros à venda na Barata ou na FNAC nas secções para jovens. Onde o Salgari é um problema é no mundo anglo-saxónico. No seu tempo nunca foi traduzido para inglês, sem dúvida porque não pintava os agentes de Sua Magestade como heróis impolutos, antes dava deles o retrato daquilo que eles eram... O Sandokan só há poucos anos teve tradução feita por um carola italiano que não deve ter vendido grande coisa.
Quanto ao Robin Hood, é curioso que há uma discussão na RPGnet de um filme inglês do mesmo ano do do Costner e que parece que é muito melhor. Infelizmente, passou completamente despercebido. Eu lembro-me vagamente de que terá passado nos cinemas aqui por estes lados mas não o vi.
Quanto ao projecto, vou abrir um fórum para discussão de ideias, setei tunede.
Sérgio Mascarenhas