Quantos Knizia tenho na minha coleção?

Pois é. Quando começamos no hobby ouvimos os amigos a falar de nomes de autores de jogos e achamos que eles conhecem montes deles mas depois começamos a ouvir com atenção e o nome é sempre o mesmo, afinal: Reiner Knizia.
OK, estou a exagerar, mas o homem fez tanto jogo que seria (quase) impossível serem todos maus e alguns até são bem interessantes.
Isto leva a que quase toda a gente tenho pelo menos um Knizia na sua coleção.

Vá, não se acanhem. Não é vergonha nenhuma. Quantos é que vocês têm? Partilhem lá!
Começo eu:

Kariba (2010)
Forbidden City (2018)
L.A.M.A. (2019)
L.A.M.A. Party Edition (2020)
Mille Fiori (2021)

Total: 5

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Nem um! :slight_smile:
Não que tenha algo contra o autor, mas simplesmente não calhou. Já joguei alguns jogos dele e o Lost Cities já esteve mesmo para ser comprado em algumas ocasiões.
Realmente acho que é uma falha da minha parte…

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se não me estou a enganar nas contas são 8

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O LAMA é o nosso must em todas as sessões, para terminar.

Esse Battle Line até tenho mas é uma versão print n’ play. Só por isso não o adicionei.
Pode ser que, entretanto, ainda venha para a coleção uma versão comercial. :face_with_hand_over_mouth:

eu tenho um Battle Line StarWars com tokens e tudo , vou ver se o encontro e já te mando fotos.

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Aqui está ele.

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Aqui vai:

Screenshot_1

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Como é que estão a consultar a vossa coleção por autor?

eu uso esta ferramenta https://geekgroup.app/ que permite gerires a tua coleção no BGG de 1001 maneiras, e podes aplicar filtros por tudo e mais alguma coisa, inclusive “autor”

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Segundo essa ferramenta eu tenho duas cópias do LAMA (e tenho mesmo :rofl:).
Muito fixe. Não conhecia.

BGG Profile - STATS - Games owned by designer

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Por aqui, neste momento, temos estes:
Through the Desert (1998)
Lost Cities (1999)
Carcassonne: The Castle (2003)
My City (2020)

Já foram mais mas entretanto alguns arranjaram novas casas :stuck_out_tongue:

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Bom…

Reiner Knizia

Isto sem contar com as expansões para o Blue Moon ou Lord of the Rings.

Para mim é, de longe, o melhor designer que por aí anda.

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Porque dizes isso?
Não ponho isso em causa já que não tenho conhecimentos sobre jogos de tabuleiro para sequer conseguir dizer qual é o meu designer preferido. É mais para perceber as razões da sua fama.

Curiosidade, Knizia foi um dos consultores da linha LEGO Games. Uma iniciativa que a empresa dinamarquesa teve para entrar nos jogos de tabuleiro entre 2009 e 2013 e que não deu o retorno que estavam à espera.

Porque é aquele cujos designs raramente me desagradam. Esta é a principal razão e como é óbvio, subjectiva.

Tentando ser um pouco mais objectivo:

Porque é talvez o mais versátil, uma vez que os seus jogos abordam uma multiplicidade de mecânicas sem parecerem uma colagem das mesmas só porque sim.

Porque tem uma filosofia de design que me parece ser a mais interessante. A abordagem que faz aos designs vai no sentido de “reduzir gorduras”, ao invés de acumular coisas e mais coisas em cima do jogo base para o fazer parecer mais do que é ou complicar apenas para complicar.

Um corolário do parágrafo anterior é que os jogos dele normalmente caem num nível de complexidade que me agrada… Não são lineares, as escolhas são difíceis ou as suas consequências são bem notórias no resultado dos jogadores. Para isso não precisam de ser “monstros de regras”, ou de procedimentozinhos acumulados, ou múltiplas interacções mais ou menos forçadas entre elementos do jogo para o tornar mais intrincado.

Adicionalmente, são poucos os jogos dele em que o que os outros jogadores fazem nos é indiferente. Normalmente existe uma área comum em que todos os jogadores se movem, ou actuam, e cujo espaço não é suficiente para todos.
Da lista que coloquei, só o FITS e o Decathlon poderão encaixar na definição de multi-player solitaire, e neste a pontuação dos outros é sempre um “isco” que nos pode impelir a arriscar um pouco mais…
Em todos os outros, ou a competição é bem directa (brutal, em alguns casos) ou então é relativa e indirecta, mas muito relevante.

Um novo corolário: A complexidade nos jogos do Knizia é emergente, ou seja, não é o jogo que é complexo mas sim as acções dos jogadores que tornam as decisões complexas.

Eu percebo e até concordo com algumas das críticas que lhe são feitas… Algumas advêm precisamente das qualidades que referi acima.
A depuração dos jogos até à sua forma mais elegante remove todo o tipo de “chrome” que pretende dar a ilusão de tema, tão frequente em jogos chamados “temáticos” porque têm miniaturas ou muito texto meramente ilustrativo. Daí dizerem que os seus jogos são abstractos com tema colado… Como se algum jogo não fosse meramente uma abstracção sobre um tema.

A sua prolificidade e a quase garantia de sucesso de vendas dos jogos que edita levam a que se façam múltiplas versões dos seus títulos, alguns simplesmente renovados graficamente, outros com ligeiras alterações mecânicas. Aqui acho que é mais a natureza do mercado a trabalhar do que propriamente “culpa” do designer… É uma crítica válida, ainda que mal direccionada na minha opinião, tal como o é em relação às muitas variantes que o Uwe Rosenberg tem vindo a fazer do Agricola.

Há jogos do Knizia que não quero ter na minha colecção. Sem dúvida. E há jogos dele que acho serem fracos ou pouco interessantes.

Naturalmente, existirão aqueles que não gostaram de nenhum dos títulos que ele fez. Mas não creio que pudesse escrever um “ainda” com tranquilidade nessa frase se estivéssemos a falar de outro designer qualquer.

Há muito designers talentosos por aí. É inquestionável e um motivo de regozijo. Não me recordo de nenhum que possa dizer que não fez nada que me agrade ou, pelo menos, respeite como design.
Na minha colecção, tenho títulos de mais de uma centena, talvez até duas, de designers diferentes…

Mas o impacto do Knizia nos jogos modernos é inegável e, atrevo-me a dizer, incomparável… Ou este tópico teria o mesmo impacto, ou faria o mesmo sentido, se fosse outro nome qualquer ali no título?

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Epá, amei!
O homem está com 686 títulos no BGG (à data) e acho que seria impossível serem todos maus.
Além disso é um pouco como dizes: é impossível agradar a todos. E é verdade: não sei se este tópico resultaria com qualquer outro autor.

Também concordo: há sempre ali qualquer coisa do jogo que o torna desafiante no que toca a confronto.
Dou o exemplo do Forbidden City (2018). Comprei porque estava em promoção e dizia Reiner Knizia. De uma editora que nunca tinha ouvido falar até então (Jumbo) mas com uma capa linda.
Pelas críticas que fui ver entretanto falavam num Carcassonne adaptado à Knizia. Isto vindo de malta que já faz vida a falar de jogos de tabuleiro e logo ali percebi o preconceito. É que de Carcassonne só tem os tiles com 1×2 (também o Kingdomino e ninguém critica por ser do Bruno Cathala? - sem menosprezo do autor) e colocar os tiles para fazer áreas (uau, nunca antes ou depois visto a não ser no Carcassonne).
Estes pequenos detalhes vão criando pequenos preconceitos nas pessoas que depois, fundamentado no facto do homem ser uma fábrica de jogos de tabuleiro = lixo, fazem as pessoas minimizar o trabalho do autor.
No fim jogámos isto e gostámos todos.

Mas isto é só uma opinião. Gosto de praticamente todos os jogos que joguei dele até hoje e, sinceramente, acho que ficaria orgulhoso se, um dia, publicasse qualquer um dos jogos dele (se tivesse sido eu a publicar e não ele… vocês percebem).

Como sou relativamente novo no hobby este tópico está a ser muito interessante para mim.

Tenho apenas um jogo do R.Knizia, o Blue Lagoon. Comprei-o porque queria um jogo de um dos designers mais conceituados nos jogos de tabuleiro modernos, tinha um nível de complexidade que se adequava a mim e à minha “boardgamer-metade” e um preço muito acessível. Jogámos duas vezes a 2 e a 3 e gostámos bastante, o suficiente para saber que voltará à mesa.

Sendo um designer com tantos jogos, se tivessem que ficar com apenas um Knizia na vossa colecção qual seria?

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L.L.A.M.A. (2019) :smiley:
Não só porque vai à mesa praticamente em todas as sessões mas porque a milha filhota adora o jogo.
Isto não invalida que, um dia, o trocasse por outro.

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Tigris E Euphrates.

Uma obra prima. Não aconselho que o procures já pois não é bem uma coisa para “iniciados”, mas daqui por uns tempos, dá uma vista de olhos. Se quiseres uma aproximação ao estilo de jogo mas mais acessível, vê o Qin.

Mas dele tens muito por onde escolher…

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