Resultados do 6ª concurso de design de rpg da rpg.net

Bem, eu estou a trabalhar com um esboço mesmo muito desactualizado! O teu parágrafo já dá ideia de um sistema com componentes amadurecidas e que jogam entre si de forma harmoniosa.

O ser convencional não é um defeito. Podes ter um conjunto de componentes convencionais com aplicação não convencional.

Sérgio Mascarenhas

PS O antónimo (ou complemento? depende do contexto, suponho) de simples é complexo...

[quote=Rui] Agora existem 2 tipos de trocas, as Simples e as Estendidas (não sei traduzir Extended)[/quote]Se houver uma versão em Português do Dara-Soewarsih, sugiro uma entrada no Grande Concurso de Contracapas :) organizado em exclusivo para os ouvintes do podcast do costume.

Sérgio, se quiseres, passa-me o teu contacto de gmail e dou-te acesso de leitura ao documento.

Rick, isso seria excelente; qual o prazo?

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Visitem o Ideonauta, um blog sobre roleplay!



Não te metas comigo, camarada; tenho n avisos à navegação, alguns deles em público, e não tenho medo de os usar!

É simples, smascrns arroba gmail.com.

Sérgio Mascarenhas

[quote=Rui]Rick, isso seria excelente; qual o prazo?[/quote]O prazo ainda não foi anunciado, estou a espalhar a notícia. Devo fixar uma data limite só no próximo episódio.

Qual é o status do Dara? Era uma ideia interessante com o seu quê de invulgar. :slight_smile:

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Oh, está no limbo da minha preguiça, tal como a dezena de jogos antes dele. :slight_smile:

Mas reconheço que de todos os que pensei até hoje, era o que tinha mais pernas para andar - e talvez o mais coerente e completo.



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

Bem, eu também prometi mais feedback do que aquele que acabei por dar...

Nestas coisas do design o melhor mesmo é fixarmo-nos num projecto único e tentar levá-lo até ao fim. E, se possível, ter fortes incentivos externos para o fazer. E ter premissas exequíveis para o próprio.

Eu, por exemplo, estou neste momento a trabalhar num jogo que pretendo mesmo acabar. É baseado numa série de BD estrangeira, contactei a editora local e deram-me uma resposta mesmo muito encorajadora a dizerem que têm muito interesse no projecto. Trabalhar numa série de BD dá-me imensos exemplos de jogo ready made, não só para pôr no livro como para servirem de inspiração e orientarem o processo criativo. As regras vão ser muito simples mas profundas. É por isso que tenho sempre na mesa (ou à mão de semear) o Toon, o Prince Valiant e o Maléfices. Se conseguir algo de semelhante, é um êxito!

Até ao final do mês acabo a criação de personagem básica. 6 páginas apenas. Depois, é trabalhar as mecânicas de jogo. Já tenho uma tonelada de material de um projecto anterior mais complexo. O que há a fazer é simplificar, simplificar e simplificar, e incluir os exemplos da BD. Aliás, a análise da BD vai dizer-me aquilo que as mecânicas têm de incluir ou não. Por exemplo, equipamento? Secundaríssimo.

Depois vem a secção do Mestre de Jogo, aquela que me vai dar mais dores de cabeça pois trata de ideias que andam a flutuar na minha cabeça há muito tempo mas que é tramado pôr no papel. Mais uma vez, o facto de trabalhar com uma longa série de BD é fulcral. Só faz sentido incluir aquilo que seja relevante nesse contexto.

Depois vêm as regras avançadas. O sistema básico é mesmo básico mas o sistema avançado vai permitir dar-lhe bastante mais variedade, flexibilidade e profundidade. Quem conheça Toon ou Prince Valiant sabe em que direcção me movo.

E assim acabo os materiais core. Depois, em livros separados: livro dos npcs, repositório de todos os secundários, figurantes e outros que tais com potencial para o jogo. Livro dos locais, processo idêntico. Livros de aventuras, baseadas em fios dispersos que existem nas BDs. Materiais para crossover com jogo de tabuleiro... Ao meu ritmo de trabalho é base para muito tempo! E há ainda a hipótese da adaptação das regras a outros universos de BD. Ou a universos de ficção criados para outras formas narrativas. Ou aos meus universos originais em esboço...

Sérgio Mascarenhas

Isso são excelentes notícias! Assim que puderes conta coisas para que possamos dar o nosso contributo a essa iniciativa. :slight_smile:

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Assim que tiver o primeiro draft completo vou enviar o mesmo a um conjunto de pessoas a pedir que leiam e me digam o que pensam... Imagina lá uma das pessoas que eu tenho em mente?!

No entretanto finalizo uma aventura que tenho delineada e mando para playtest, depois de receber o feedback do livro de regras.

Sérgio Mascarenhas

Faço minhas as palavras de Mestre Mariano, isso são de facto excelentes notícias!

Podes levantar a ponta do véu sobre o setting? É o Alix?

Já agora, um conselho, que tento sempre aplicar a mim mas que acabo sempre por não seguir: agora que estás com a vontade em alta, escreve o mais que puderes, e principalmente, não desistas! Pega no exemplo do Rick Danger e o seu rpg de vampiros - seguiu até ao fim e publicou-o!



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

Alix esse mesmo. Não era difícil chegar lá, não é? A Casterman mostrou. Estou a escrever o jogo em português pois a Casterman até porque foi nesse sentido que a Casterman me respondeu. Suspeito que do ponto de vista deles a edição de um jogo para o nosso mercado funciona um pouco como um teste: se tiver êxito, então ficarão mesmo interessados numa edição em francês ou noutras línguas. Se for um fracasso, pouco ou nada perdem com a experiência.

Disseram-me para falar com a ASA. Esta deu-me um polido não e sugeriu-me que falasse com o Público... Quanto ao não da ASA, até me parece melhor, fico com mais liberdade para editar o jogo com quem quiser. Quanto ao Público, acho que não terão interesse em editar um jogo muitos meses depois de concluirem a publicação da série, mas a ver vamos.

Neste momento tenho uma primeira versão da criação da personagem pronta. São as regras base apenas, muito simples. Preciso de afinar os exemplos e acrescentar a folha de personagens. feito isso ponho este capítulo a circular para receber feedback. Entretanto como disse, vou converter as mecânicas que tenho para este jogo. O que tenho escrito era para um jogo de fantasia mais desenvolvido, no Alix quero regras mais simples. Se tudo correr bem, tenho também essa parte feita até ao final de Julho.

Como dizes, o importante é não parar. Felizmente já tinha muita coisa feita para o tal jogo de fantasia. E o facto de ter na mesa o Prince Valiant, o Toon e o Maléfices é fundamental. Nem é pelas regras, é para me manterem focalizado num jogo simples e compacto, que apresente as regras e mecânicas em poucas páginas e com muitos exemplos. O aspecto «pedagógico», digamos.

Sérgio Mascarenhas

Epá, pouco conheço do Alix mas BD franco-belga histórica na época dos Romanos parece-me bem e especialmente inesperada! :slight_smile:

Espero então que continues bom trabalho e mandes o manuscrito assim que possas. Entretanto vou tentando arranjar os álbuns para me ir inteirando da fonte. Ah, e espero que a versão final use as ilustrações originais como o Prince Valiant.

Ah, e a ver se se apresenta isso no festival da Amadora e no circuito da BD em Portugal.

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Obrigado pelas bos notícias, Sérgio. De facto, não é fácil criar, escrever, editar, promover e publicar um RPG tudo a partir da iniciativa de uma só pessoa, mas é uma maneira de fazer as coisas acontecerem e é bom saber que este borbulhar não pára. Também é interesante ver como todos seguimos por caminhos diferentes, mas no fundo queremos todos o mesmo.

Da minha parte, tenho dividido os meus esforços a favor da promoção dos RPGs, mas sempre com o Sangue-Frio em mente e tentando encontrar a melhor forma de o publicar na sua versão definitiva.

Bem, eu li algumas histórias do Alix na adolescência na biblioteca do bairro. Ficaram-me vagamente na memória até a presente reedição da ASA e do Público. Decidi fazer a colecção e pelo meio meteram-se duas ou três coisas: a minha ideia de que no nosso país é preciso um jogo de iniciação que lance o mercado de rpgs (um pouco como o D&D fez há quase 40 anos nos EUA e depois por aí fora); alguns foruns recentes na RPGnet sobre o Prince Valiant; o jogo em que eu próprio estava a trabalhar. Tudo somado, decidi reorientar os esforços nesta direcção. Com a net o mundo fica mesmo mais pequeno, basta um email para chegar a França e obter uma resposta, felizmente positiva.

Em suma, a ideia é tirar partido da divulgação da obra do Alix entre nós - não sei se a edição ASA/Público teve sucesso mas algum há de ter tido. Depois a releitura dos livros - que são... puzzling, para dizer o mínimo - revelou-me imensas pistas para explorar em termos de rpg. Para começar, dezenas de potenciais npcs, personagens apenas esboçadas e, por isso mesmo, com imenso potencial em termos de jogo. O mesmo quanto a imensas hipóteses de desenvolvimento de aventuras. Como BD pode até nem ser do melhor mas como base de trabalho para rpg, é excelente.

Estou a utilizar intensamente as ilustrações, podes crer. Tudo no jogo vai ser ilustrado com imagens tiradas da BD e tudo o que se faça em termos de jogo é baseado na BD, quer em termos conceptuais, quer em termos gráficos. Tens seguido aquilo que eu escrevo e sabes que defendo que a adaptação deve trabalhar o mais possível com os materiais originais.

Quanto à divulgação, bem... a ASA não se interessou mas tenho outro contacto no grupo Leya para explorar. E sei de um editor de jogos português que poderá estar interessado. Seguramente que o circuito da BD é um target promocional por excelência. Mas primeiro é preciso ter jogo...

Sérgio Mascarenhas

É como dizes, custa fazer tudo sozinho... e eu não pretendo fazê-lo assim! O meu trabalho vai ser mesmo fazer o jogo. Felizmente, não estou a trabalhar só, estou a trabalhar sob o olho atento de criadores do passado, mesmo que os próprios não o saibam. Para mim é verdadeiramente importante ter jogos de referência como aqueles que indiquei: Prince Valiant, Maléfices, Toon (e mais alguns para alguns aspectos particulares do jogo - Pendragon, HeroQuest, enfim, volto sempre aos mesmos sítios).

Numa segunda fase conto com vocês, o pessoal do AoJ para exercerem a fundo a função de advogado do diabo. Quanto mais e melhor crítica tiver na fase de concepção melhor.

Depois, quando chegar o momento de editar o jogo não o vou fazer sozinho, nem eu seria capaz disso. Tenho gente para a edição electrónica, por exemplo. O mesmo para a revisão do texto. E depois, a publicação propriamente dita será para uma empresa comercial. Não tenho dúvidas de que haverá gente interessada. Afinal, se a casa mãe em França tem interesse, seguramente que o mesmo sucederá aqui entre nós.

Mas primeiro, o jogo!

Sérgio Mascarenhas

Em França parece-me que o jogo possa ter sucesso, ou pelo menos maiores hipóteses do que por cá; o Alix não é um personagem assim tão conhecido (eu sei porque o vendo, ou melhor, tenho à venda, na livraria) por cá, nem é o rpg, tirando os suspeitos do custume; no entanto, em França ambas as variantes me parecem mais seguras, acho que o interesse pelo personagem e pelo próprio rpg será maior.

Mas, claro, na parte que me calhar, cá estarei para o apoiar ou mandar abaixo. :slight_smile:



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

A ver pela participação e espírito colectivo de design que por vezes a rpg.net às vezes demonstra talvez devessemos juntarmo-nos numa espécie de think-thank colectivo de design de RPG. Os projectos individuais são mais do que um mas o esforço é sempre singular e ingrato. Talvez um grupo do Google onde se pudesse contribuir rapidamente para os projectos uns dos outros? Eu costumava trabalhar assim com o Rui e coisa lá ia resultando. :slight_smile:

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Bem, eu hei-de contactar o Publico assim que tiver o jogo pronto para saber quais os resultados da venda da série do Alix. Se eles derem os dados sempre fico com uma ideia mais precisa. Sem prejuízo de que quem comprou a série não é necessariamente o publico para um rpg.

Seja como for, o meu objectivo é colocar o jogo no mercado e em termos financeiros conseguir as vendas suficientes para atingir o break even. Isso para mim já é um sucesso. Depois, ver a resposta de quem compra e joga o jogo.

Se as coisas correrem bem e se conseguir posteriormente uma edição francesa (e noutros mercados onde se leia Alix, quem sabe), há sempre a hipótese de usar o sistema de jogo para outras ficções, de BD ou outras. Mas isso é num horizonte ainda demasiado distante...

Sérgio Mascarenhas

É uma hipótese interessante. Até lhe podemos dar um nome, deixa ver... umm, algo como, quem sabe se?... O que me dizes a:

A Forja!

Sérgio Mascarenhas

PS Para os dissidentes, A Corja...