A Amiga da Onça: Episódio 6 - Dr. StrangeRon or: "How I Learned to Stop Worrying and Love the Setting"

[quote=Rick Danger]

[quote=Verbus]a) Acabam por ficar mais parecidos com boardgames.[/quote]Da minha parte, acho que, se os boardgamers não se importam nada de esticar ao máximo as suas fronteiras até ao ponto em que os seus jogos são quase RPGs, não vejo problema nenhum em retribuirmos o favor (e que se f*dam as etiquetas, já agora Laughing ). O que me interessa principalmente é se o jogo é bom e se faz aquilo que diz na caixa. Deixo as guerras dos RPGs/Storygames/Wargames/Indies/Boardgames para quem tem tempo para essas coisas pois, felizmente, eu tenho a sorte de gostar deles todos e de não me importar com supostas linhas de demarcação. Game on!

[/quote]

Pois, se calhar devia ter salientado mais que era a minha opinião. Melhor: nem me devia ter referido aos jogos, porque como diz o Hugo nem sequer é disso que versa a thread. E os jogos são a coisa boa que saiu daquelas cabeças, pois independentemente do meu gosto, há muita gente a divertir-se com eles. Mas não peço desculpa: é refrescante dar a minha opinião neste site sem papas na língua e sem ser ameaçado por isso. Algo mudou aqui, e podem considerar-me de regresso.

A questão é que a amiga da onça sempre foi sítio para ajavardar, porque no resto do site somos todos muito simpáticos, muito bem comportados e lucídos e até sensatos. Para lavar roupa suja e ver quanto tempo demora ao cento-e-doze vir aí deitar agua na fervura e ameaçar fechar-nos.

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RPGénesis 2010: "Sete Dias de Criação" - Uma Semana a Escrever RPGs

Se houver exposições em publico EU QUERO FOTOS, PORRA!

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[quote=Rick Danger]

Da minha parte, acho que, se os boardgamers não se importam nada de esticar ao máximo as suas fronteiras até ao ponto em que os seus jogos são quase RPGs, não vejo problema nenhum em retribuirmos o favor (e que se f*dam as etiquetas, já agora Laughing ).

[/quote]

Pois, mas importo-me EU! Eu gosto de RPGs porque são RPGs, não porque são boardgames. Se eu quiser jogar boardgames, vou jogar bordgames, solitaire, guilhotina, etc. Não preciso de "simplificar" ou sintetizar os meus RPGs (QUE EU GOSTO DELES DETALHADOS E ABERTOS) só para ser politicamente correcta, carago!

Eu sou perfeitamente a favor de jogos de tabuleiro muito imaginativos e abertos e até RPG. Sou a favor. Mas que se continuem a chamar boargames. Não sou a favor de encontrar "missing links" entre os BG e os RPGs porque isto não é a puta da teoria da evolução -- e nós não precisamos de criar uma ligação e bato no primeiro que disser que sim!

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[quote=LadyEntropy]

[quote=Rick Danger]

Da minha parte, acho que, se os boardgamers não se importam nada de esticar ao máximo as suas fronteiras até ao ponto em que os seus jogos são quase RPGs, não vejo problema nenhum em retribuirmos o favor (e que se f*dam as etiquetas, já agora Laughing ).

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Pois, mas importo-me EU! Eu gosto de RPGs porque são RPGs, não porque são boardgames. Se eu quiser jogar boardgames, vou jogar bordgames, solitaire, guilhotina, etc. Não preciso de "simplificar" ou sintetizar os meus RPGs (QUE EU GOSTO DELES DETALHADOS E ABERTOS) só para ser politicamente correcta, carago!

Eu sou perfeitamente a favor de jogos de tabuleiro muito imaginativos e abertos e até RPG. Sou a favor. Mas que se continuem a chamar boargames. Não sou a favor de encontrar "missing links" entre os BG e os RPGs porque isto não é a puta da teoria da evolução -- e nós não precisamos de criar uma ligação e bato no primeiro que disser que sim!

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Eu não é tanto os jogos em si, mas quem me vem dizer que esses jogos é que são RPGs, e que os jogos que eu e tu jogamos e gostamos não passam de jogar à mamã dá licença. Isso e outras cenas afins, sim, bulem-me com os nervos. E obrigado, Lady, por confirmares noutro post que esta thread é MESMO para ajavardar. Espero ter feito um bom serviço...

[quote=LadyEntropy]

A questão é que a amiga da onça sempre foi sítio para ajavardar, porque no resto do site somos todos muito simpáticos, muito bem comportados e lucídos e até sensatos. Para lavar roupa suja e ver quanto tempo demora ao cento-e-doze vir aí deitar agua na fervura e ameaçar fechar-nos.

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A beautiful sentiment.

The Quiet Man, John Ford.

Ajarvada tudo o que quiseres. A única condição que se põe é que toda a javardice fica neste thread, n espalha para a vida real ou para outros threads.

E ninguém SE ATREVA a ficar ofendido com coisas que sejam ditas aqui. Insultos são SEMPRE direccionados à pessoa (nada de chamar maezinhas, santos patronos ou namoradas para a conversa). E mesmo assim, insultos pessoais é só se estiveram com muita falta de imaginaçãozinha.

Anyway. Eu ainda não percebi qual é o problema do "Mother May I". O rick danger apresentou a "Possibilidade de Os Jogadores Tomarem Controlo" como um dos selling points do Houses of the Blooded. A resposta que levou foi "Oh, mas nós não gostamos de ter controlo. Somos jogadores, queremos SER jogadores. Se quisessemos ter o papel de GM, iamos mestrar qualquer coisa, não vinhamos práqui jogar um RPG."

E no fundo acho que é isso o importante e a razão pela qual desgosto da nova onda de indies que tiram autoridade aos GMs. Se calhar tive sorte com os GMs que apanhei, mas não me importo NADA de deixá-los ter o controlo. É divertido ser um jogador, ser surpreendido. E além do mais, posso sempre dar sugestões ao GM se tiver mesmo de o fazer. Mas não preciso de ter as mecânicas a dizerem-me que também tenho controlo. Controlar a minha personagem é tudo o que quero e esses senhores têm que meter isso na cabecinha.

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Bom, então nesse caso o Ron que vá levar no olho do cu, que a merda da ideia brilhante que ele arranjou para ter 15 minutos de uma fama dos tomates fodeu campanhas a muito boa gente e é natural que a boa (e mesmo a má) gente se aborreça com o facto. Mesmo que os convertidos à doutrina indie tenham tido, todos eles, ou apenas alguns, boas intenções, os gostos são todos diferentes e é chato ter de se estar a discutir indefinidamente as mesmas porras de assuntos 300 vezes e receber sempre a mesma puta de resposta condescente: “não estás a perceber”. Eu percebi, carago, simplesmente não estava, e continuo a não estar interessado em pagar as quotas e aderir ao clube. Foda-se que é complicado fazer alguém entender isto! Já está mais ao nível da Amiga da Onça?

Thumbs Up

Tás contratado.

E confessa, soltares a franga dessa maneira não te faz sentir melhor do que tentar a explicar de forma muito bem educada "Mas olhem, eu compreendo, não quero ofender, mas acho que há espaço para todos...." ou qualquer mariquice desse género?

Ás vezes, é preciso poder gritar "VÃO-SE FODER! MAIS OS VOSSOS JOGOS E OS PRIMOS DELES!"


Ou não?

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Punhetas, que ainda não parei de rir!

*Arf! Arf*

Vou tentar ir contra o meu sentimento de culpa católico e atitude de superioridade (reconhecida em notário) e ajavardar nesta thread… acho.

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Acho que este post deu azo a expressar de forma visceral o que se passou tanto tempo a dizer de forma politicamente correcta. Tardou, mas, enfim, era preciso uma mulher do norte para colocar as coisas na perspectiva correcta. Basicamente, que se foda e quem não gostar vai fazer broches a equídeos.

Acho que se encontra perfeitamente dentro dele (do espírito do ajavardamento) dizeres a este (ocasional) comentador de posts que há 4 ou 5 anos que resmunga sobre os Indies: “Pois olha, eu gosto disto e daquilo e mais não sei de quê, e se não gostas, vai apanhar no recto.” Eu garanto que não vou, porque tenho receio de gostar e depois era uma chatice, mas também não me ofendo.

O tirar o controlo do GM para cima dos jogadores é uma atitude de uns quantos panisgas que tiveram muito más experiências com GMs e então decidiram armar-se em putos rebeldes e dizer que o todos os GMs são tiranos e que só enrabam os jogadores nas sessões. Isto foi principalmente notório em AD&D, quando o GM (ou DM) nunca perdia uma oportunidade de lixar o coitado do Paladino LG, mudando-lhe o alinhamento para o fazer perder todos os poderes.

Mas, caroço!, isso é culpa dos GMs e não dos sistemas. Agora vão-me lixar o meu querido Call of Cthulhu, em que a base da tensão e do horror é a perda de controlo da personagem com insanidades e reacções instintivas que fogem ao controlo do jogador? Merda, é assim que se joga CoC. Não é com o jogador a queixar-se que "ai camandro, que a minha personagem não se cagaria pelas pernas abaixo se visse a mona do Cthulhu a surgir nas águas e a devorar os companheiros."

Em suma, esses senhores que vão jogar mais Call of Cthulhu e menos AD&D. Nota: também gosto de AD&D por isso é notório que isto é uma metáfora, anáfora ou cantáfora, como lhe queiram chamar. E esse pobre turdzito que é o Capes (sim, digam-me que tenho uma pancada contra esse "jogo") que revela afinal que todos os GMs são tiranos e que o sistema nos vai libertar, pobres jogadores, dessa tirania, cortando os grilhões e metendo jogadores a fazer de NPCs, de vilões e de super-heróis. CARALHO! Se era para jogar os três não jogava com ninguém, fechava-me numa cela almofada e fazia que tinha dupla personalidade, ou tripla neste caso. Conhecem o Alexei Sayle, artista cómico Inglês? Ele tinha uma boa para isto: Que o autor pegue no livro, o enrole bem enroladinhio e o meta pelo cu (ou será cú) acima?

Devia ter metido isto no meu último post mas enfim, nunca é tarde e não me apetece editá-lo. Parabéns à Lady Entropy por uma thread politicamente incorrecta (e afinal aqui se insulta mas ninguém se chateia). Acho que finalmente estamos IN THE ZONE.

[quote=Dwarin]Quaisquer discussões nesta thread sobre Indies vs. Mainstream (whatever that means) fogem um bocado à intenção do post original que era escavar o Ron Edwards, um tipo que se lembrou de inventar, ou verborreirar, uma teoria sobre a qual nem sequer é muito divertido discutir, quanto mais jogar. (...)Voltando à thread original da Lady Entropy: o homem perdeu todo o meu respeito quando disse que Vampire causa danos cerebrais.[/quote]Insensatas declarações inflamatórias como essa que diagnostica "brain damage" a todos os fãs de Vampire são feitas para chamar à atenção e provocar discussão só porque sim, o que faz com que a ideia argumentada pelo Ron nessa altura fosse esmagada pelo peso desproporcional da metáfora que ele se lembrou de lhe põr em cima. Havia ali qualquer coisa sobre o facto de um auto-intitulado "game of personal honor" ser na verdade um jogo de vampiros super-heróis, mas as palavras "brain" e "damage" arruinam qualquer hipótese da mensagem passar, independentemente da sua validade.

Quanto ás teorias, penso que elas parecem ser maiores e mais malévolas do que, na verdade, elas são. Pode ser que alguém leie aquilo e interprete nelas algo de útil, pode ser que não. A maior parte dos roleplayers lê nelas algo dirigido a eles próprios pessoalmente ou algo que não faz sentido no âmbito das suas próprias experiências. Para quem gosta de RPGs, não é tanto o conteúdo das teorias que interessa mas a atitude de questionar porque é que as coisas são assim e como é que podem ser diferentes. Como é que pessoas com gostos antagónicos se podem divertir durante a mesma sessão de jogo? Qual é a relevância das regras quando um RPG pode ser jogado só à base de bom senso e imaginação? Há perguntas que vale a pena fazer sem necessariamente termos de ter uma resposta definitiva.

Só no papel, as teorias não valem nada mas, se as levarmos a peito, valem muito mais do que elas merecem. Algures no meio destes dois opostos estará a sua eventual utilidade. Não deixemos que os extremismos do Ron Edwards nos distraiam deste interessante equilíbrio.

Adoro esta thread! Adoro tudo o que lá está. Mesmo os comentários do Rui, incluindo os dois à minha custa que ele lá meteu antes de ele sequer pensar que eu ia aparecer - são apropriados!

Eu faço parte do yahoogroup do autor de Urban Fantasy americano Tim Powers. Nesse grupo há uma regra tácita em que nunca ninguem fala de uma autora, e só se menciona outro autor com muito cuidado devido ao alto risco de flame wars quando esses nomes são mencionados. Trata-se de Ayn Rand e de Robert A. Heinlein, respectivamente. Aqui sempre vi essa intocabilidade ser referente ao Rod Edwards. Bom, pelo menos a fazer-lhe a mais leve crítica.

Talvez no grupo do Tim Powers tenham tido a má ideia. Talvez eu ou outra pessoa devamos criar lá uma Amiga da Onça onde é SUPOSTO haver flame wars, linguagem porca, insultos e ameaças de morte. Isso tudo faz tão bem! Mas vá lá dar isso a entender aos maricanos, camones e outros bifes que constituem a maioria do grupo...

Viva o ajavardamento!

… o Ric Madeira aparecer por aqui para mandar para o caralho quem não gosta de PTA. Só não pago para ler porque não tenho dinheiro! Mas que era bonito, lá isso era. Por via das dúvidas mando-me já a mim próprio para o dito cujo. E pronto, está feito.

Ninguém é imune a levar na tromba. Olha o pobre Rick Danger, que tadinho, tanto se esforça para mestrar para mim e eu só digo mal dele. Até tenho pena.


Mas depois passa-me.

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