D&D 4th Edition - Últimas Notícias

Na sequência da notícia do anúncio do lançamento da quarta edição em Maio do próximo ano, queria criar este tópico para continuarmos a colocar aqui o que se vai sabendo a partir da Wizards of the Coast e os nossos respectivos comentários. Já muito foi referido no thread anterior, por isso acho que é melhor passarmos a acompanhar estas informações aqui no forum de D&D.

Hoje foi colocado um novo playtest report (para quem não se quer registar no Insider, veja-o aqui) que confirma algumas novidades:

  • Warlord é mesmo uma classe da nova edição. Parece desempenhar o papel de leader. Talvez substitua o bardo?
  • A mecãnica de second wind de Star Wars Saga vai ser utilizada. Isto permite ás personagens recuperarem HPs sozinhas uma vez por encounter.
  • As personagens (e provavelmente os monstros) podem ter a abilidade de fazer counterattacks.

[quote=David Noonan’s Blog]Social Challenges: The uninterrupted thinking time on today’s run got me to thinking more about Thursday night’s playtest. A couple of thoughts.

  1. When I talk about “roll, then talk” or “talk, then roll,” I think we can pull it off so that some people at the table can do it one way, and others at the table can do it the other way. Or even that a player could shift between 'em from round to round. As long as the DM doesn’t provide feedback until both roll and talk are done, then everything works just fine.

  2. Reading message board traffic, it doesn’t surprise me that people feel strongly about the relative importance of stats-and-rolls vs. at-the-table dialogue. But you know what does surprise me…at least a little? How quickly otherwise-reasonable gamers cross the line into saying, “You’re doing it wrong” to people in the other camp. Vive la difference!

  3. Eric Noah is pretty good at sussing out our future rules, at least in part. He’s clearly had lots of practice, right?

  4. Maybe the biggest change that we’re contemplating is that no matter where you are on the roll-talk continuum, it’s going to be more than a single exchange that determines whether you overcome the challenge. Or at least let me put it this way: A single exchange is as likely to determine a social outcome as a single attack roll is likely to determine a combat outcome.

  5. “Exchange” is probably not going to be a game term. I’m just using it like (gasp!) a regular word.[/quote]

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Evil never dies, it just waits to be reborn…

The Dungeons & Dragons game assumes many things about its setting: The world is populated by a variety of intelligent races, strange monsters lurk on other planes, ancient empires have left ruins across the face of the world, and so on. But one of the new key conceits about the D&D world is simply this: Civilized folk live in small, isolated points of light scattered across a big, dark, dangerous world.

(link para quem não está registado no D&D Insider)

Por estarem a falar disto agora, parece que os corebooks vão ter bastante mais ambiente - algo que sempre fez falta. Não pode ser só números, tabelas e regras.

Unlike their 3e counterparts, every Leader class in the new edition is designed to provide their ally-benefits and healing powers without having to use so many of their own actions in the group-caretaker mode.
(...)
4th Edition has mechanics that allow groups that want to function without a Leader, or without a member of the other three roles, to persevere. Adventuring is usually easier if the group includes a Leader, a Defender, a Striker, and a Controller, but none of the four roles is absolutely essential.

Esta é uma entrevista recente a um dos lead designers de 4th Edition.

E para quem ver uma amostra do estilo dos monstros em 4th edition, basta verem o MM V no qual (e segundo a propria WOTC) os monstros ja usam tacticas de 4ª ediçao.
Ou sejam com os tais counter atacks em caso de x coisa acontecer, etc.
Muito mais fácil usar os monstros por parte do DM e lutas mais activas.

Sairam recentemente dois livros da WOTC que fazem um preview de 4a edição.

o Races & Classes e o Worlds & Monsters

deixo aki uns links com uma review para cada livro.

https://www.rpg.net/reviews/archive/13/13546.phtml

https://www.dragonavenue.com/dragonavenue_mainsite/post/review_worlds_and_monsters/

 

Eu estive a ler o Races & Classes e posso afirmar que acho que o espirito de D&D continua em 4a edição. Existe uma coisa ou duas em que se fica a pensar como ira funcionar dps na pratica, mas no geral sao coisas que precisavam de ser refinadas. Por exemplo o enorme numero de skills existentes em 3a foi passado pa cerca de metade, atraves de "fusão" de skills existentes. Eles dao o exemplo do Spot e do Listen. "Quem é que quer um e não o outro? Poucos." Dessa forma aparentemente passou a haver um skill que faz a função do Spot e do Listen.

 

Uma coisa que não foi dita na review de Races & Classes e que no pequeno paragrafo que fala sobre os paladinos, deixam no final duas palavras no ar: Evil. Paladin.

Sera que vamos passar a ter Paladinos Evil?

Após ter passado algum tempo da noticia inicial e de ter digerido muita informação, sou da opinião de que esta nova versão não mantém o espirito do D&D.

Começa logo pela sua ideia base que todos os PC ao serem criados são herois, e logo em nivel estão num estatuto muito acima do normal.

O D&D nunca foi assim.

A partir daí escala com modificações queno seu geral são no minimo dubias, desde a ligação entre role e classes, quando esta deveria ser cortada, até à mais recente onde nesta nova edição
só se pode usar um anel mágico em nivel 11 e dois ao mesmo tempo apenas em nivel 21…

Nem tudo é mau e é injusto criticar a roda sem ter visto o carro todo, mas o global das alterações mais a forma como todo o processo foi conduzido por parte da WotC
faz com que a minha opinião actual seja um simples; meh…

E como um meh… não justifica nenhuma mudança, se algum dia tencionar jogar “herois” de “nivel 1” dou claramente preferência a Exalted.

_____________________________________________________________<br “Artificial Intelligence is no match for Natural Stupidity.”

Tive oportunidade de olhar para o livro de Raças & Classes, e há algumas coisas que acho piada, outras menos.

Piada:

Classes claramente definidas por papéis em combate: os porradeiros estão lá para levar dano e aguentar a linha, os ladrões estão lá para fazer dano, os magos para fazer dano a muita gente, e os clérigos para curar; outras classes são variações disto, como por exemplo o Warlord, um porradeiro controlador. Giro, mas muito MUITO boardgamish.

Há uma definição gira para os porradeiros que são os tipos de luta que podem ter: um gajo com espada e escudo luta de maneira diferente de um gajo com lança, por ex, e a nova edição reflecte isso. Muita piada nisto.

As raças já não têm ajustes de níveis, antes têm feats raciais que os jogadores podem apanhar. Numa raça nova e muito gira, os dragonborn, existem feats para breath weapons e para asas. Extremamente giro.

Os halflings cresceram e foram para os pantanos. Os gnomos agora são maus.

Menos giro:

Parece ser uma edição a puxar muito mais ao boardgame que qualquer uma das outras. O comentário dos criadores foi: vamos ver o que cada uma faz em combate, e depois logo vemos o que elas fazem fora do combate. Bom, mas D&D sempre foi um jogo de “kill things and take their stuff”, por isso se calhar até é uma evolução lógica.

Todas as classes sem excepção têm por isso 2 tipos de elementos: dentro do combate (aguentar, dar dano, controlar, curar), e fora do combate (que não percebi exactamente o que era).

Expectativas:

Jogar um dragonborn porradeiro com lança deve ser giro. :slight_smile:

–~~–

Não te metas comigo, camarada; tenho n avisos à navegação, alguns deles em público, e não tenho medo de os usar.

Dos factos concretos que já vi, agradaram-me e deixaram-me ao mesmo tempo intrigado, e falo da intro dos elfos e das stats do Pit Fiend.
Passar a haver aparentemente uma única AC e não as três do costume é interessante bem como as acções reactivas dos monstros (e como já disse aqui, deêm uma olhadela ao MM V).
Não vejo onde isto irá transformar D&D num boardgame ou num WOW.
E isto do ponto de vista de alguem que joga regularmente D&D…

Com já muita informação disponível no site oficial da Wizards, quem estiver interessado já pode ter uma ideia bastante concreta do jogo que vai sair em Junho. Entretanto, num passado fim-de-semana, houve a primeira sessão de demonstrações de 4th Edition com a D&D Experience.

A partir desse evento, temos agora disponíveis as personagens pré-feitas e foi compilado um .pdf com toda a informação disponível sobre os monstros utilizados e as regras. Com base nesta informação, já há pessoal a experimentar quarta edição.

O pre-order dos core books já está disponível na Amazon.

Tudo indica que 4th Edition não vai ser OGL, ou pelo menos vai funcionar com uma licença diferente. Diz-se que as editoras que queiram ter acesso antecipado ás novas regras têem que pagar bem caro. Aparentemente, a Necromancer Games já se chegou à frente enquanto a Paizo já se chegou atrás.

A atitude da Paizo Publishing é de louvar e uma atitude cheia de coragem.

Desde logo mostram a diferença relativamente à Wizards com um playtest aberto e onde não se esconde nenhum conteudo!

Espero que tenham o maior sucesso possivel!
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Com o passar do tempo, um bom link para acompanhar previews oficiais é o Design & Development, onde já se falou, por exemplo, das novas regras para hit points, magic items, critical hits e feats. O jogo parece estar bastante mais coerente e mais evidente naquilo que os seus autores querem fazer com ele.

Entretanto, os três livrinhos já estão a ser impressos.

[quote=Nazgul]A atitude da Paizo Publishing é de louvar e uma atitude cheia de coragem.[/quote]Acho que é mais inteligência que coragem. Têem muito material e muita experiência que não querem põr em risco a correr atrás da WotC. A seu tempo, hão-de publicar material para quarta edição. Até lá, resta saber se o pessoal que já tem 3.0/3.5 estará interessado em passar para "3.75" :) Já votaste neste thread da rpg.net?

Neste thread da EN World, vemos que esta questão com os third-party publishers ainda está pouco clara. É ainda possível que a OGL se extenda a quarta edição ou que publiquem uma licença mais restritiva, mas também podem simplesmente não abrir este novo D&D a outras empresas.

No thread, o Clark Peterson dá a entender que o negócio da própria Necromancer Games (que já estaria disposta a avançar para 4E) está a ser posto em causa.

Isso depende obviamente do ponto de vista… :wink:

Aqui já concordo contigo!

Nopes.

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[quote=Nazgul][quote=Rick Danger]O jogo parece estar bastante mais coerente[/quote]Isso depende obviamente do ponto de vista…[/quote]…e por coerente quero dizer mais focado naquilo que os designers pretendem. Além disso, há menos tipos diferentes de mecãnicas, nomeadamente deixou de haver o d100 para estabilizar hit points por exemplo.

[quote=Rick Danger]por coerente quero dizer mais focado naquilo que os designers pretendem. Além disso, há menos tipos diferentes de mecãnicas, nomeadamente deixou de haver o d100 para estabilizar hit points por exemplo.
[/quote]
Concordo. Acho que muito disso também tem a ver com o facto de se libertarem, de certa forma, do peso das edições anteriores. Na transposição da Segunda para a Terceira, na minha opinião, sacrificou-se muito em prol de se querer manter um fio condutor que permitia a conversão directa de uma edição para outra. Isso induzia erros logo à partida, porque alguns dos problemas de Segunda passaram subtilmente para a Terceira.

Com esta nova edição eles decidiram deixar essas restrições para trás e construir o jogo (quase) de novo, com base apenas naquilo que achavam relevante manter para que esta nova versão de D&D ainda fosse reconhecível como D&D, sem ficarem presos a muitas convenções mecânicas do passado, e simplificando o sistema todo ao longo do processo (se calhar demais em alguns pontos). Não quer dizer que o resultado final seja perfeito (e não vai ser, existem imensas coisas que ainda me soam “esquisitas” e mecânicas já reveladas que não me agradam muito), mas acredito que será muito mais coeso e consistente.

Agradar a todos é que não vai de certeza, pelo menos no início. Dai que eu acho que a posição da Paizo é, como já foi dito aqui, inteligente. Começa, de antemão, a preparar-se para aproveitar esse nicho de mercado que surge com o fim do suporte da 3.x por parte da WotC.

[quote=Rick Danger][quote=Nazgul][quote=Rick Danger]O jogo parece estar bastante mais coerente[/quote]Isso depende obviamente do ponto de vista…[/quote]…e por coerente quero dizer mais focado naquilo que os designers pretendem. Além disso, há menos tipos diferentes de mecãnicas, nomeadamente deixou de haver o d100 para estabilizar hit points por exemplo.
[/quote]

Sim, nesse aspecto está bem mais coerente.

Quanto aos tipos de mecanicas diferentes…nunca vi nenhum problema em usar mecânicas diferentes para situações diferentes, afinal de contas o jogo utiliza 6 tipos de dados diferentes…
Não tarda, em virtude da simplificação, só se usa um d20 para tudo… :wink:

Enfim, são opiniões!
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Resta agora saber se esta suposta simplificação vai ser benéfica ou não para o D&D.
Para já está a conseguir fracturar a comunidade de jogadores de D&D a um nivel nunca antes visto.

Algumas das alterações que sairam até fazem sentido, grande parte (para mim)são despropositadas e levam o jogo a um patamar que se afasta cada vez mais do que é o D&D, contudo, sem ver o produto final é difícil tecer um comentário justo e apropriado.

A Paizo fez uma jogada inteligente sim, mas quanto a mim principlamnete de grande coragem pois se a adesão à nova edição for massiva (o que eu duvido) a sua aposta vai ser um fiasco.

É um grande risco que estão a correr.

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